“O primeiro raio de sol lancina como que a sentenciar a vil verdade: Tudo o que houvera antes era treva”.
Perdi minha alma.
E minha inocência.
Perdi, não que fora entregue ou roubada. Simplesmente acordei certa manhã de um sono letárgico, um sonho que me entorpecera por dias seculares, e agora, infelizmente ou felizmente, eis-me desperto.
Percebo que o mundo a minha volta já não é o mesmo, embora permaneça o de sempre. Eu não sou a mesma. E, pela primeira vez, encontro alguma graça no ar que entra em meus pulmões, a graça natural que a vida tem para quem se descobre vivo de repente. Mas abrir os olhos exige uma humana coragem que nem todos os humanos possuem, dói, e mantê-los abertos exige grande determinação. Para nós, fracos mortais, que tingimos o mundo com inúmeras cores quando, na verdade, o sabemos cinza e o fazemos negro, que construímos nossas tão gentis verdades sobre as mentiras mais vis, para nós tem que sempre haver um caminho, um único e indesviável, o qual nos leve a algum lugar que não a incerteza do abismo.
Criamos o certo para amarmos o errado, e esperamos o tempo todo que algo aconteça para nos desviar, que lobos apareçam para nos devorar e afastar de nós o fardo da responsabilidade por nossas próprias escolhas. Ser livre é ser cativo apenas de si mesmo. E em meio a tudo, transitando entre deuses e demônios, infernos e paraísos pré-construídos, está minha frágil figura, frágil por minha efemeridade diante do tempo e por minha inconstância e por minha constância, por lutar incessantemente contra a animalesca essência que habita em meu sangue.
Viver é desafiar-se, descobrir-se contrario a si mesmo, jogar-se, perder-se, temer e não regredir diante do incerto, pois, na vida, a única coisa que é certa é que um dia ela se extinguirá.
texto de k.t.
Perdi minha alma.
E minha inocência.
Perdi, não que fora entregue ou roubada. Simplesmente acordei certa manhã de um sono letárgico, um sonho que me entorpecera por dias seculares, e agora, infelizmente ou felizmente, eis-me desperto.
Percebo que o mundo a minha volta já não é o mesmo, embora permaneça o de sempre. Eu não sou a mesma. E, pela primeira vez, encontro alguma graça no ar que entra em meus pulmões, a graça natural que a vida tem para quem se descobre vivo de repente. Mas abrir os olhos exige uma humana coragem que nem todos os humanos possuem, dói, e mantê-los abertos exige grande determinação. Para nós, fracos mortais, que tingimos o mundo com inúmeras cores quando, na verdade, o sabemos cinza e o fazemos negro, que construímos nossas tão gentis verdades sobre as mentiras mais vis, para nós tem que sempre haver um caminho, um único e indesviável, o qual nos leve a algum lugar que não a incerteza do abismo.
Criamos o certo para amarmos o errado, e esperamos o tempo todo que algo aconteça para nos desviar, que lobos apareçam para nos devorar e afastar de nós o fardo da responsabilidade por nossas próprias escolhas. Ser livre é ser cativo apenas de si mesmo. E em meio a tudo, transitando entre deuses e demônios, infernos e paraísos pré-construídos, está minha frágil figura, frágil por minha efemeridade diante do tempo e por minha inconstância e por minha constância, por lutar incessantemente contra a animalesca essência que habita em meu sangue.
Viver é desafiar-se, descobrir-se contrario a si mesmo, jogar-se, perder-se, temer e não regredir diante do incerto, pois, na vida, a única coisa que é certa é que um dia ela se extinguirá.
texto de k.t.
aahh! esse ilustrador é o Boris Vallejo! ^^
ResponderExcluirdepois lerei seu blog com mais calma!
gosto dessa temática Dark! rsrs
=P